Falar ao coração nunca foi tarefa fácil. Eu falo sem saber, e escuto sem querer.
Para falar ao coração dos que falei, tive que sofrer. E se com lágrimas refleti, com alegria dediquei cada palavra, cada frase, cada pedaço de mim que partilho em forma de canção calada.
Sou humano. Como todos eu olho para a vida, muitas e muitas vezes, e me pergunto por que não sou mais. Porque não sou mais persistente ou positivo? Porque não sou mais para os outros, mais para mim mesmo?
Como toda a humanidade, muitas vezes, acordo com o olhar perdido no horizonte e o coração... Ás vezes nem sei onde.
Então, escolhi um cantinho para mim. Um lugar que pudesse ser o que realmente sou, e não o que as pessoas enxergam e esperam de mim. Um lugar que pudesse ser esse humano errante e “tentante” que segue o rumo da vida e encontrou na arte de escrever, refúgio e vida, mais que virtual, real.
Sempre fui muitos meios. Mas tenho que confessar que nos últimos anos tenho sido muito mais Canção e Poesia. A experiência de partilhar minha vida para quem quisesse ler foi gratificante. Bem melhor do que eu imaginava.
Quantas vezes eu pensei: “Não posso colocar isso aqui. É frustrante, íntimo.” Pensava assim porque é o que estamos acostumados a fazer. Esconder nossas frustrações e erros dos outros para não sermos tão vulneráveis.
Eu repreendi esse pensamento, e tem valido a pena. Tenho recebido comentários, e-mails e mensagens no Facebook que comprovam isso.
Eu jamais ansiei comover alguém com os meus textos. Talvez seja a sinceridade deles que tenha feito mais do que eu esperava de mim.
É assim. O mundo sempre nos prova que podemos dar mais de nós. Muito mais do que a gente quer, acha que pode ou que precise.
Parabens Luares... voces fazem parte de um pedaço grande do meu coração...!!!!
