domingo, 22 de maio de 2011

as dores do silencio...

Ao meu redor
Procuro entender
O que virá
Se bem longe eu vou estar

Diante de Ti
Eu entreguei os meus caminhos
Pra Te sentir
E nunca mais chorar sozinho

Mas cansado estou
e fraco a esperar
que Tua doce voz venha o meu sono despertar

Manda Teu espírito e vem me abraçar
Pra eu não chorar
Preciso de Ti aqui
Pra me consolar

Manda Teu espírito e vem me abraçar
Pra eu não chorar
Preciso de Ti aqui
Pra me consolar

Só Você faz o mar se acalmar
E traz paz iluminando o meu olhar
Sabes ouvir as dores do silêncio
E persistir em esquecer os meus lamentos

Sei que em Você
Encontro meu alento
Estendo as minhas mãos
Entrego os meus sentimentos

Manda Teu espírito e vem me abraçar
Pra eu não chorar
Preciso de Ti aqui
Pra me consolar

Admirável desconserto

Amar é uma forma de depender, de carecer e de implorar. É uma forma de
preenchimento de lacunas, visto que o amor é a melhor forma de
complementar os espaços.
Admirável desconcerto
Quem ama sabe disso. Quem é amado, também. A gratuidade do amor consiste
nisso. Amar quando o outro não merece ser amado. Surpresa maior não há.
Ser abraçado no momento em que sabemos não merecer ser perdoados. O
amor verdadeiro desconcerta. O perdão e a reconciliação são a prova
disso. Somente depois de dizermos infinitas vezes "Eu te perdôo" , é que
temos o direito de dizer "Eu te amo". Porque, antes do perdão, o que
existe é admiração. Esse último sentimento não é o mesmo que amar. Só
amamos aqueles a quem perdoamos. E, geralmente, só odiamos aos que
amamos, caso contrário seríamos indiferentes.
Pena que tem sido cada vez mais difícil declarar amor no momento em que o
outro não merece. Não temos coragem de tomar essa atitude, porque ela é
chamada de fraqueza, coração mole. E, por medo de sermos vistos assim,
camuflamos o amor com as roupas do ódio.

Pe. Fabio de Melo scj.